INAUGURAÇÃO

Aproveito desda já para anunciar a todos a inauguração amanhã, dia 9 de Dezembro, pelas 9 horas (da noite), 9 minutos e 9 segundos do blogue 9's fora.

Um blogue onde cada um poderá enviar textos, desenhos,imagens, críticas, opiniões!

Participa!

vai a http://noves-fora.blogspot.com

E a corda partiu

Encosto-me ao balcão, esperando lugar para nos sentarmos. Apenas uma mesa está livre mas sem cadeiras para todos. Esperamos. Poema surrealista. Pergunto onde é a casa de banho. O homem, de cigarrilha na boca e aspecto sombrio lá me diz a muito custo. Desço as escadas de madeiras, íngremes que serpenteiam até ao piso inferior. Páro em frente a uma parede de madeira, pintada a vermelho e pergunto me se será ali. É. O poema surrealista continua, na sua folha dobrada que passa de mão em mão, de dobra em dobra. Volto da casa de banho e a espera no balcão permanece firme. Na penumbra do fumo do tabaco, suspenso acima da minha cabeça, oiço as conversas que se cruzam, que se conhecem, que se encontram. Penso quando me poderei sentar. Está frio lá fora. Segundo as notícias (algo que já nem sei o que é) o Porto congelou. Se congelou ou não, isso não sei. Mas está frio sim. Mas lá fora. Nova folha do poema surrealista. Perguntam ao homem o porquê das paredes vazias. Nesse momento olho para elas e vejo a falta de algo, talvez de quadros, talves de uma exposição. É isso, falta uma exposição. Olho de novo para as parede de granito e imagino sucessões de imagens colocadas lá. Vagueio nesta ideia, de olhar efémero, enquanto oiço ecoando na minha mente o latejar das pessoas que falam à minha volta. Poema surrealista. Dobram a folha para que eu escreva. Olho para a frase que ficara registada: Campos verdejantes. Merda! Merda para os campos verdejantes que deles brotam tudo! Merda! Inverto a natureza e ponho os campos a sairem das árvores pousadas em coisa nenhuma. Assim, sim. Assim a natureza toma o seu verdadeiro ritmo, a sua verdadeira respiração. Falta agora deixar novo fio condutor ao próximo, que irá continuar este poema surrealista. Olho em volta. Vejo outra mesa vazia. Desta vez há cadeiras suficientes. Sentamo-nos e pedimos tremoços. Tremoços? SIM, tremoços. Os tremoços que não nascem do campo verdejante mas que, isso sim!, adubam a árvore. E chegam os tremoços. E comemos os tremoços até ao molho que os tempera. Só me apetece dizer ao homem da cigarrilha para me por tremoços num recipiente para os comer no resto dos meus dias. Páro. Mas afinal, nós estivemos à espera no balcão por lugares sentados por causa do queijo! Sim, já me lembro! Viemos por causa do queijo. Pedimos então o queijo. A conversa flui, à volta do tudo e do nada. O barulho das vozes é cortado pelo tossir do gajo que vai declamar as primeiras folhas do poema surrealista. Sobe para um banco e fala mais alto para os outros que ainda não o ouvem bem. E começa o poema, ou parte dele. E declama surrealismo, e declama dúvidas, e declama mamas, e declama merda, e declama, e delcama as sucessivas frases que foram escritas, que foram sendo coladas umas a seguir às outras e que de repente fazem sentido neste poema surrealista. Pára a leitura. Deixa o resto do poema para a próxima elevação no banco. Penso no que deverei escrever para a próxima frase que a próxima pessoa escreverá neste poema surrealista. Chega o queijo. Ou melhor, chega O queijo. Assado, em azeite e oregãos. Com a vontade de absorver até à última gota aquele prato, pego, fervoroso nas tostas e espalho por cima delas o queijo. Este sim, Este queijo sim é um campo verdejante! Em fracções de tempo o queijo desaparece e apenas a memória dele permanece no nosso paladar. O poema continua. Deixo o sabor do queijo permanecer na minha boca e penso no que escrever. Merda para o poema! Afinal, se há quem escreva mamas nas frases para aqui e para lá, também eu posso escrever o que quiser! Foda-se para isto! E a corda partiu.



1ª lomo



esta é a minha primeira lomo!

e o melhor de tudo é que nem tive de a pagar. Foi uma prenda da Mapa Kyoto pelo cartaz da Feira de Artesanato Urbano.


Depois de gastar dois rolos e de uma selecção rigorisa e afincada, apresento aqui as primeiras fotos com a SuperSampler. Ainda não estão grande coisa e espero que o próximo rolo seja melhor.
Coca-Cola & Lollypops



Ana



Márise e Fili



Me

Windows






Perguntar-me-ão porque é que não é o meu cão (Pablo) que está nas fotografias. A resposta é simples : ele não sabe estar quieto. Tem a impaciência da adolescência canina e logo que vê uma objectiva trata-a como a próxima refeição e logo tira-lhe o gosto, arrastando a longa língua pelo sensível vidro côncavo.
Ora estas fotografias, esta espécie de retrato, surgiram por acaso, quando estava sentado numa praça. Eu já estava a tirar fotografias, a preto e branco, e nada melhor que tirar a um cão, cujas únicas cores são o preto e o branco.
Tiradas as primeiras fotos, duas crianças aparecem e chamam : "Bia anda cá!".
Estava conhecido o nome, estava conhecida a identidade desta, até então ilustre desconhecida Dálmata, de seu nome Bia.

Bia - a pose


Bia